terça-feira, 11 de outubro de 2022

CGD investiga delegado, inspetor e três PMs após denúncias de violência doméstica

Cinco procedimentos para apurar a conduta dos agentes de segurança foram abertos e divulgados no Diário Oficial do Estado da última segunda-feira

A Controladoria Geral de Disciplina (CGD) abriu procedimentos para apurar as condutas de um delegado, um inspetor, um subtenente, um sargento e um soldado após denúncias de violência doméstica contra as respectivas ex-companheiras. Foram abertos cinco procedimentos para investigar os casos, todos publicados no Diário Oficial do Estado da última segunda-feira, 10. Os cinco casos aconteceram nos anos de 2019, 2018, 2020 e 2022.
O primeiro caso é de um subtenente da PMCE denunciado pela ex-companheira por ocorrência do dia 16 de junho de 2019, em Maracanaú. Foi instaurado inquérito na Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba.
A vítima relatou que sofreu violência doméstica sendo agredida com um soco no rosto, vindo a quebrar os óculos, e que sofreu ameaça de morte. Desde a separação do casal há conflitos. Foi aberta sindicância para apurar a conduta do militar.                                                    
O segundo caso envolveu um soldado da Polícia Militar e a ex-companheira, em Caucaia. Caso registrado no dia 11 de setembro de 2018. Na situação, a vítima relatou que o PM não estava ajudando nas despesas do filho do casal, que era estudante e menor de idade, há oito meses, mesmo trabalhando na corporação.
Em razão da falta da ajuda financeira, a vítima afirmou que os dois discutiram, e o agente de segurança desferiu um tapa no rosto e feriu sua boca, conforme ela. A sindicância administrativa também foi aberta para apurar a situação.
O terceiro caso envolveu um sargento da PM que foi acusado pela ex-companheira por lesão corporal, ameaças, injúria, calúnia e dano material. O caso foi registrado no dia 27 de setembro de 2020, após um desentendimento.
A vítima afirmou que foi atingida várias vezes no pescoço com a chave do carro e que o militar arrancou das mãos da denunciante o telefone celular, arremessando o objeto ao solo. Ainda informou que se a vítima acionasse a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), ele não ia responder por homicídio e não por agressão.
O quarto caso envolveu um delegado da Polícia Civil, em uma ocorrência de 16 de abril de 2022. A ex-companheira dele afirma que o casal discutiu por causa de uma dívida de R$ 4 mil que ela tinha com o delegado e que depois da discussão verificou que o delegado havia levado as chaves de casa, fazendo a permanecer trancada das 8 horas até a manhã do dia seguinte, dia 17 de abril, pois conseguiu destravar o portão elétrico.
Além disso, ela relatou que o delegado fez uma publicação na rede social com um poema que a ex-companheira entendeu como uma ameaça, o que a fez procurar a delegacia de Maranguape. Conforme o Diário Oficial do Estado (DOE), a vítima afirmou que o homem entrou em contato oferecendo R$ 1.200 para que ela retirasse a queixa.
O quinto caso envolve um inspetor da Polícia Civil em uma ocorrência com a esposa dele, que registrou um Boletim de Ocorrência em desfavor do policial civil por crime de ameaça no dia 3 de março de 2018, informando que o homem estava em uma das fazendas do casal e que o inspetor teve surtos que o deixavam descontrolado e violento.
Além disso, no dia 29 de maio de 2017, ele efetuou tiros dentro da residência da ex-esposa, conforme ela. Os tiros teriam atingido locais da casa e o veículo de propriedade do ex-esposa do policial civil. A vítima não estava em casa no momento dos disparos. Também foi instaurado processo para apurar a conduta do inspetor.
Os nomes dos respectivos servidores não são divulgados para proteger as vítimas. 

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