domingo, 17 de setembro de 2023

MPF pede prisão preventiva de 3 agentes da PRF envolvidos na morte da menina de 3 anos

No pedido de prisão, o procurador afirma que 28 agentes da PRF foram até o hospital, após o incidente, “numa tentativa inequívoca de intimidar” a família

Três agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos na ação que baleou criança de 3 anos foram afastados

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão preventiva dos três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte de Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos. A menina foi baleada na quinta-feira (7), no Arco Metropolitano, no Rio de Janeiro. Ela ficou internada durante 9 dias e morreu neste sábado (16).
A Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias afirma que Heloísa teve uma parada cardiorrespiratória irreversível. Na quarta-feira (13), a menina apresentou uma "pequena piora" no estado de saúde. Ela foi reanimada 6 minutos após uma parada cardíaca.
No pedido de prisão preventiva dos agentes Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva,
o procurador Eduardo Benones afirma que 28 agentes da PRF foram até o Hospital Adão Pereira Nunes, após o incidente, “numa tentativa inequívoca de intimidar” a família.
Na peça, o procurador lembra que um dos agentes foi, à paisana, até a emergência pediátrica e chegou a falar com o pai de Heloísa.

ENTENDA O CASO - A pequena Heloísa estava no carro com os pais, a irmã de 8 anos, e a tia no caminho para Petrópolis, quando o veículo foi atingido por pelo menos três disparos.
O pai da menina, Willian Silva, disse que a família não recebeu ordem de parada e não foi abordada, mas percebeu que a viatura se aproximou do carro. Todos, menos Heloísa, saíram do veículo com as mãos ao alto.
Em depoimento à Polícia Civil, Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter feito os disparos de fuzil que atingiram a menina. O agente afirmou que a placa do veículo Peugeot 207 indicava que o carro era roubado.
De acordo com o policial, os oficiais seguiram o veículo, ligaram o giroflex e acionaram a sirene para que o condutor parasse. Os agentes teriam ouvido um som de disparo de arma de fogo. A situação teria feito o agente supor que o disparo veio do carro da família de Heloísa, então Fabiano Menacho efetuou os disparos.
Os outros policiais, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva, confirmaram essa versão.

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