terça-feira, 16 de abril de 2024

3 vereadores são presos suspeitos de se unir a facção para fraudar licitações

Segundo a Promotoria, algumas das contratações "atendiam a interesse do PCC, que tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e reparte os valores ilicitamente auferidos"

Polícia Militar de São Paulo

A Polícia Militar e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriram na manhã desta terça (16), a Operação Muditia no rastro de um grupo criminoso ligado ao PCC e suspeito de inúmeras fraudes em licitação em todo o Estado. As empresas sob suspeita fecharam, com diferentes prefeituras, contratos públicos que somam mais de R$ 200 milhões, diz o MP. Segundo a Promotoria, algumas das contratações "atendiam a interesse do PCC, que tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e reparte os valores ilicitamente auferidos". Agentes cumprem 15 ordens de prisão temporária. Entre os presos estão três vereadores: Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão; Flavio Batista de Souza (Podemos), de Ferraz de Vasconcelos, e Luiz Carlos Alves Dias (MDB), de Santa Isabel. Além disso, os investigadores vasculham 42 endereços.
A investigação aponta que as empresas investigadas "atuavam de forma recorrente para frustrar a competição nos processos de contratação de mão de obra terceirizada no Estado, notadamente em diversas prefeituras e Câmaras Municipais". Entre as contratações investigadas estão acordos celebrados pelas Prefeituras de Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri e Itatiba. Os investigadores identificaram a simulação de concorrência entre empresas parceiras ou até companhias de um mesmo grupo.
A apuração também encontrou indicativos da corrupção sistemática de agentes públicos e políticos - secretários, procuradores, presidentes de Câmara de Vereadores, pregoeiros - e indícios de outros crimes, como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.

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